A oportunidade de julgar uma Copa Cervezas de América

Júri tem sistema de avaliação online e que oferece feedback com sugestões para aprimorar receitas

Com o concurso no Chile, Bia Amorim chega a 20 competições cervejeiras em que atuou como juíza (Foto: Divulgação)

Com inscrições abertas até 10 de julho, a Copa Cervezas de América adotou já em 2015 uma forma de julgamento online, que vem aprimorando ano a ano. O sistema facilita o trabalho de quem julga as amostras e a produção de um boletim de feedback por meio de uma avaliação consistente, ágil e legível, que não pontua somente a cerveja, mas também sugere melhorias aos cervejeiros. Esta metodologia criada pelo concurso no Chile é um dos motivos por que a sommelière Bia Amorim está animada ante a possibilidade de participar do júri da competição, que este ano se realiza em Valparaíso.

Concursos como a Copa, que vem consagrando cervejas brasileiras nos últimos anos, são um ambiente para depurar e aprimorar as receitas e a qualidade da produção. Há uma década dedicada a esse mercado, em que começou como gerente de Marketing na Cervejaria Colorado (pré-Ambev), em 2010, Bia percebe que o estágio atual é o de refinamento, ela explica:

“O mercado de cervejarias no Brasil se diversificou, tem muita gente produzindo, e temos a comemorar, mas chegou o momento de darmos um passo adiante: de aprimorar as receitas e os processos e corrigir defeitos. Ainda encontramos nas prateleiras muitas cervejas com defeitos que poderiam ter sido corrigidos.”

O desenvolvimento de aromas e sabores é uma das tarefas importantes no momento, na opinião de Bia, que para tanto tem inclusive aprimorado o conhecimento sobre outra bebida adorada pelo brasileiro, o café. “Temos de buscar mais referências”, resume.

Formada em Hotelaria, Bia acabou se especializando no mercado cervejeiro, com uma atuação multifacetada: é sommelière, publisher da Farofa Magazine e fundadora da consultoria Por Obséquio, além de jurada de concursos. Com a Copa Cervezas de América 2019, são 20 concursos cervejeiros no currículo. O primeiro foi o da Acerva Catarinense (2011), integrou o júri também do Concurso Brasileiro de Cervejas (2014, 2018 e 2019), do World Beer Awards (etapa brasil) e do Mondial de La Bière São Paulo, entre outros, além de ser jurada do Eisenbahn Mestre Cervejeiro.

Sobre a Copa, a expectativa é grande. “Ela vem se fortalecendo ano a ano”, observa. “É muito interessante esse intercâmbio com o Chile.”

Além do concurso, o evento no Chile é composto por uma programação mais extensa, dentro da Semana Cervejeira. Um ciclo de palestras está entre as atrações paralelas, e Bia Amorim vai conduzir uma delas, focada em como conduzir a carreira no mercado da cerveja (mais detalhes aqui).

A seleção do time de jurados é um dos pontos fortes da Copa. O presidente da Copa, Daniel Trivelli, explica os critérios para a composição do júri:

“É uma estratégia que dá certo há oito anos. Isso inclui um time de jurados de primeira linha, de relevância internacional, selecionados a partir de critérios como ética, responsabilidade, experiência e capacidade de entregar uma avaliação que agregue valor ao cervejeiro.”

Para conferir o time de jurados da Copa Cervezas de América, clique aqui.


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