Um estudo sobre o consumo de refrigerante no Brasil
/'Winning food & drink occasions Out-of-Home', da Kantar, mostra curiosidades sobre os hábitos
De acordo com o estudo Winning food & drink occasions Out-of-Home, da Kantar, o Brasil durante a crise mostrou-se na contramão do movimento de crescimento do consumo fora de casa tanto de comida quanto bebidas no mundo, movimento que vem se consolidando e é reconhecido como food tech.
O food tech está alinhado ao novo comportamento do consumidor globalmente, que torna mais fácil, cômodo e rápido a partir do uso de tecnologias os serviços de pedidos e delivery.
O consumo fora do lar representou 58,5% dos gastos com alimentos e bebidas em 2018, e observou-se uma tendência disseminada em diversos países ao redor do mundo o crescimento desse índice, uma vez que as pessoas têm deixado de cozinhar em casa, e utilizado mais aplicativos para comprar comida pelos seus smartphones.
Entretanto, no Brasil, apesar do consumo fora do lar já representar 52% do total dos gastos com alimentos em bebidas no ano passado, essa participação caiu 3,4% entre 2017 e 2018. Diante da crise econômica, aumento de desemprego e endividamento das famílias, a solução que os consumidores têm buscado é o preparo de refeições rápidas em casa, com o uso de aparelhos eletroportáteis e de novas linhas gourmet.
Mas há uma exceção a essa situação: o consumo de refrigerantes. De acordo com o estudo da Kantar, o consumo de refrigerantes fora do lar só perde para o consumo do café. No mundo, o consumo de refrigerantes apresentou um crescimento de 4,7% nos gastos do consumo fora do lar entre 2017 e 2018, sobretudo pelo crescimento dessa categoria no Brasil e México. O hábito de beber refrigerante durante a refeição ou o lanche mantém-se forte entre os brasileiros nestas ocasiões e aumentou 11% no mesmo período.
De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, a produção de bebidas não alcoólicas, que agrega a fabricação de refrigerantes no País, apresentou de janeiro a setembro de 2019 um crescimento de 1,8% em relação ao mesmo período de 2018. O desempenho do segmento foi melhor que a indústria de modo geral, uma vez que, nesse mesmo período, esta apresentou uma variação de -1,4%.