Corona e Rappi se unem por um delivery com menos plástico
/Marcas criam selo sustentável e embalagens biodegradáveis para restaurantes de São Paulo e do Rio
Iniciativa cria curadoria para ajudar o público a fazer escolhas mais conscientes no consumo de comida em casa (Foto: Divulgação)
Depois de se tornar a primeira marca global de bebidas neutra em resíduos plásticos, a Corona se une ao Rappi para deixar os pedidos de delivery em São Paulo e Rio de Janeiro um pouco mais conscientes, possibilitando que os consumidores gerem menos lixo a partir de suas compras e incentivando os restaurantes da plataforma a reduzirem o uso de plástico. Juntas, a cerveja da Ambev e o app convidaram os estabelecimentos a aderirem ao selo Less Plastic, que vai ajudar o público a identificar os negócios que adotam práticas mais sustentáveis. O primeiro incentivo é por conta de Corona, que vai disponibilizar gratuitamente mais de 31 mil embalagens para dezenas de lojas. O projeto se iniciou em 1º de julho.
De tamanhos variados, as embalagens são feitas de fécula de mandioca que, conforme os testes apresentados, levam aproximadamente 12 semanas para completa decomposição - enquanto o plástico leva anos - e podem ser utilizados como adubo ao final do processo de compostagem. Quando se esgotarem as embalagens de cortesia, todos os estabelecimentos terão acesso aos fornecedores dos materiais, podendo adquirir as embalagens por valores próximos aos dos embrulhos de plástico, que geram um impacto maior e mais complexo à cadeia de coleta e reciclagem. Os usuários que pedirem suas refeições nos restaurantes com o selo Less Plastic não só vão poder fazer melhores escolhas e reduzir sua própria pegada de plástico, mas também ganhar desconto na compra de Corona Extra.
João Pedro Zattar, head de marketing de Corona, explica:
"Corona nasceu na praia e é profundamente conectada com a natureza. Um dos nossos principais valores é a sustentabilidade e a proteção dos oceanos, principais afetados pela poluição plástica que começa nas nossas cidadesSabemos que não conseguimos fazer isso sozinhos, então buscamos nos unir a parceiros e pessoas que, assim como nós, entendem a importância dessa mudança de hábitos. Não é comum encontrar curadorias que ajudem a escolher restaurantes com um menor impacto ambiental. A parceria entre Corona e Rappi torna isso mais fácil, apoiando o público a dar o primeiro passo em direção a uma vida mais eco consciente."
Anna Fleury, gerente de Relações Públicas do Rappi, afirma:
"É com bastante orgulho que o Rappi se une ao movimento de consumo sustentável por meio da adoção de medidas que visam à redução da poluição plásticaNosso objetivo é conscientizar os usuários e os estabelecimentos acerca do impacto das embalagens de plástico, bem como estimular as empresas, indústrias e o comércio a buscarem soluções inovadoras para tornar a produção e o consumo mais conscientes e sustentáveis."
Em um ano e meio de distanciamento social, muitos comportamentos nasceram ou se adaptaram por conta do tempo integral dentro de casa - um deles é o uso de delivery, que passou a facilitar ainda mais o dia a dia. Mas o cuidado redobrado com a segurança e o aumento dos gastos com apps de entrega, em especial para comidas prontas, em 149% (conforme estudo realizado pela startup de gestão financeira Mobilis) também tiveram um impacto que merece atenção: o uso ainda maior de embalagens descartáveis de plástico, chegando até a extrapolar a capacidade da lixeira de casa e contribuindo para o que pode representar um crescimento de até 25%* na produção de lixo domiciliar (dados divulgados pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, Abrelpe, em 2020, quando a organização previa um aumento de até 25% na produção de resíduo domiciliar em decorrência da pandemia e do isolamento social)*.
O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo, com cerca de 11,3 milhões de toneladas ao ano. Mais de 10,3 milhões de toneladas desse total são coletadas (91%), mas só 145 mil toneladas, apenas 1,28%, chegam a ser efetivamente recicladas para se tornar produtos secundários (conforme pesquisa do Banco Mundial divulgada em 2019). Por outro lado, 72% dos consumidores dizem que gostariam de receber seus pedidos de delivery sem plástico descartável; 15% deles ainda afirmam que já deixaram de comprar, desconfortáveis pela quantidade de plásticos (Estudo divulgado em 2021 pelo Ipec, Inteligência em Pesquisa e Consultoria).
A Corona também lançou recentemente o webapp Plastic Reality (Realidade do Plástico), uma ferramenta gratuita para calcular a quantidade individual de lixo consumida no ano - o usuário responde a perguntas básicas sobre seus hábitos e visualiza sua pegada por meio de pedaços de plástico de Realidade Aumentada, inseridos virtualmente no mundo físico. Como a primeira marca global de bebidas neutra em resíduos plásticos, a cerveja da Ambev hoje recupera e recicla mais plástico do que utiliza. No Brasil, já limpou 1,2 milhão de m² de praias, recolhendo mais de 5,4 toneladas de lixo descartado de forma irregular. Em fevereiro, abriu as estações Protect Paradise, com containers em Fernando de Noronha (PE) e Trancoso (BA) para coleta, reciclagem e transformação de plástico, podendo processar até 3 toneladas de plástico por mês.
