A cervejaria chilena Kunstmann mira o mercado brasileiro
/Marca de Valdivia já está em nove Estados brasileiros, com 10 estilos
Depois de uma década no Brasil, a cervejaria chilena Kunstmann, de Valdivia, emite sinais de que investirá com mais energia na sedução do consumidor brasileiro. "Chegou a hora de conhecer", disse o gerente de exportação, Felipe Meneses Díaz, a uma plateia de jornalistas de veículos especializados, entre eles a Beer Art, e influenciadores em evento no restaurante Praça São Lourenço, no Itaim Bibi, na capital paulista, na noite desta quinta-feira.
Desde 2019, a marca está em toda a América do Sul, à exceção da Venezuela e do Equador. No Brasil, já pode ser encontrada em 22 redes de supermercados de nove Estados, entre eles os três maiores do Sudeste, todos os do Sul, em Mato Grosso do Sul e Goiás, no Centro-Oeste, e no Amazonas, no Norte.
No evento, a mestre-cervejeira, Maria Paz Calderón, conduziu uma degustação de sete dos 10 estilos disponíveis no Brasil (no Chile, são 17). A estrela é a cerveja Torobayo, uma Pale Ale, como a tradução do nome sugere (baio significa a cor castanha ou amarelo-torrado)
As opções degustadas no evento:
- Arándano (cerveja com mirtilo)
- Bock
- Lager
- Lager Filtrada
- IPA
- Sem Álcool
- Torobayo (Pale Ale)
A Kunstmann ganhou impulso há pouco mais de 20 anos, em 2002, quando chamou a atenção do maior grupo cervejeiro do Chile, a CCU, que adquiriu metade da empresa e a expandiu para fora do sul chileno.
A Kunstmann tem em seu DNA a superação de um drama. Em 1960, Valdivia sofreu o maior terremoto da história. A cidade ficou 30 anos sem cerveja. Em 1989, o descendente de alemães Armin Kunstmann começou a fazer testes em casa. Em 1991, nasceu a primeira Lager, que devolveu a cerveja à cidade. Com sua esposa, Patricia Ramoso, Armin transformou a Kunstmann em um negócio que hoje se sedimenta no competitivo mercado brasileiro.
Um dos destaques entre as disponíveis no Brasil é a Session IPA. lançada em 2016. Para desenvolver essa receita, a equipe viajou para o Vale de Yakima, nos Estados Unidos, até a empresa Bart-Hass, uma das principais referências de lúpulo, que ajudou a definir a escolha das variedades da planta.
Com 5% de teor alcoólico, utiliza três tipos de lúpulo: Columbus, que confere o amargor próprio da família das India Pale Ale, o Citra, com a essência das notas de frutas, e o Cascade, com o cítrico.