Sustentabilidade destaca-se entre as principais pautas da produção de cerveja

A Aldeana, recolhendo sobras de pão dos supermercados Aldi em Portugal, produziu a Aldeana Bread Beer

Reforçando a ideia de que pode haver sim um reaproveitamento alimentar, a cerveja é vendida a 1,99€ no país (Foto: Divulgação)

Reforçando a ideia de que pode haver sim um reaproveitamento alimentar, a cerveja é vendida a 1,99€ no país (Foto: Divulgação)

Mais do que uma bebida, a popularização da cerveja no dia a dia dos brasileiros tornou-se quase uma cultura, chegando a revelar-se como uma das bebidas preferidas no país. De fato, os próprios hábitos de consumo de cerveja vêm mudando ao longo dos anos, sendo cada vez mais comum beber cerveja artesanal. Acompanhando esta mudança de práticas, também o processo produtivo da bebida tem sofrido alterações, com vista a um futuro mais amigo do ambiente.

É aqui que entra a definição de sustentabilidade, que, aliando-se a este mercado, se tornou uma das principais preocupações na criação e divulgação da bebida. Desde a utilização de energias renováveis pelas cervejarias até o desenvolvimento de embalagens comestíveis, são inúmeras as formas de responder às necessidades do setor sem pôr em causa o futuro do ecossistema.

Com isto em mente, diversas marcas não mediram esforços e mudaram o seu posicionamento, comprovando que a cerveja pode manter a sua elevada qualidade enquanto protege o meio ambiente.

Uma das pioneiras neste conceito foi a a Goose Island, uma cervejaria de Chicago que criou a Neighborhood Goose, uma linha de cervejas desenvolvida a partir de restos de pão recolhidos em padarias de São Paulo. Na verdade, esta ação reinventou a forma como a produção de cerveja é realizada, impulsionando diversas empresas a seguirem modelos semelhantes.

Foi o caso da marca portuguesa Aldeana que, recolhendo os restos de pão dos supermercados Aldi em Portugal, produziu a Aldeana Bread Beer. Vendida nestes espaços comerciais, a cerveja foi comunicada em agosto deste ano e promete ser um produto diferenciado. Reforçando a ideia de que pode haver sim um reaproveitamento alimentar, a cerveja é vendida a 1,99€ no país (cerca de R$ 12), no entanto o estoque é limitado.

Efetivamente, a junção entre cervejas e o universo da sustentabilidade parece ser o futuro, passando a fazer parte da agenda de muitas empresas do setor. Por conta do crescimento deste domínio, já foram realizados estudos sobre as marcas mais sustentáveis do mercado e, de acordo com uma análise realizada em Bloomington, no estado de Indiana (Estados Unidos), a população está realmente propensa a pagar mais se uma cerveja for amiga do ambiente.

Valores transversais a todos os setores

Não só o universo da cerveja se rendeu a estes valores, mas também outros setores têm demonstrado uma extensa atividade que alinha o seu trabalho com os padrões do desenvolvimento sustentável esperados. O

Brasil tem-se destacado nesse sentido, incluindo 39 empresas nacionais na lista “Best For The World”, um estudo que analisa diversas organizações pelas suas práticas ambientais e de governança. Entre elas destacou-se a marca brasileira Natura, fruto da sua visão sustentável desde os anos 70 e dos seus mais recentes projetos dedicados à proteção da Amazônia.

Numa área de atuação totalmente diferente, também o universo dos cassinos se converteu a uma missão mais sustentável, como é o caso do Palazzo em Las Vegas, que criou uma rede subterrânea de água.

Por outro lado, com a popularização dos cassinos online, este setor tornou-se muito mais sustentável, conservando recursos enquanto mantém a sua eficiência, levando ao universo digital toda a sua diversidade temática de jogos e até bônus sem depósito.

Por fim, grandes empresas como a Nestlé ganharam destaque neste domínio, representando uma referência no que diz respeito ao meio ambiente. Entre as principais ações da marca encontra-se o seu trabalho para a diminuição dos níveis de CO2 e a utilização mais consciente de energia. Já no cenário brasileiro, a organização alcançou o ponto zero em resíduos em cinco das suas unidades fabris.

De fato, a sustentabilidade tornou-se transversal a todos os domínios do nosso dia a dia, pautando pequenas ações individuais como políticas de grandes empresas. Considerando um futuro mais seguro, sem desmerecer as urgências do presente, ações mais amigas do ambiente passaram a fazer parte da maioria das empresas, o que levou à inclusão da sustentabilidade como uma das prioridades do mercado de trabalho.