Bar híbrido, uma tendência pós-pandemia
/Mescla de ambientes internos e externos atrai públicos distintos e amplia experiências
Você sabe o que caracteriza um serviço híbrido? Uma pesquisa realizada pela consultoria francesa Food Service Vision, em 2016, apresentava esse conceito como a grande tendência para os próximos anos. Na época, falava-se apenas sobre comidas híbridas, com combinações inusitadas de sabores. Com o passar dos anos, o estilo híbrido cresceu e ganhou anda mais destaque, chegando a fazer parte até mesmo do conceito estrutural de bares e restaurantes, que oferecem atendimento misto entre área interna e espaço externo, ao ar livre.
“Além de atrair públicos distintos, essa mescla de ambientes abre um leque de oportunidades e experiências ao consumidor”, comenta José Araújo Netto, fundador das redes Porks – Porco & Chope e Mr Hoppy, que junta contam com quase 100 unidades no Brasil, além do Bar Quermesse e do O Bar do Açougueiro, que funcionam na cidade de Curitiba.
Em comum, todas as casas contam com ambientes externos e internos.
“Acima de qualquer produto, o bar é um ambiente social. Esse novo formato chegou para intensificar essa questão, com mesas altas que facilitam a circulação, propiciam a paquera e, de quebra, ainda contam com música ao vivo”, aponta.
Com um ambiente mais despojado e sem a presença de famílias com crianças pequenas, que geralmente precisam de espaços reservados e com mesas baixas, a tendência é que os jovens se sintam mais à vontade nesse novo estilo de bar.
“É um ambiente que combina com diversas situações do dia a dia, seja um jantar, um happy hour ou, até mesmo, um primeiro encontro. E o melhor, o conceito tem a cara do Brasil, podendo ser utilizado em qualquer região, em todas as estações do ano”, destaca o especialista.
O modelo, que já funciona bem no Exterior, visto o sucesso dos pubs europeus, que costumam ocupar áreas externas que fazem muito sucesso durante o verão, tende a ganhar ainda mais espaço neste momento pós-pandemia, de retomada gradual das confraternizações.
“Ambientes pequenos e fechados, antes vistos como acolhedores, passaram a ser encarados como lugares de risco. Agora, mais do que nunca, as pessoas estão optando por bares que ofereçam atendimento em área externa, seja um garden ou a própria calçada em frente ao estabelecimento. Essa é uma tendência que veio para ficar e os empreendimentos gastronômicos precisam estar preparados”, completa José Araújo Netto.