Cervejaria Araucária lança água com lúpulo
/H₂OP tem lançamento exclusivo em São Paulo, Curitiba e Maringá
Depois de alguns testes e um pequeno lote experimental, estreia "a primeira água com lúpulo do Brasil". Batizada de H₂OP, a novidade é uma criação da cervejaria Araucária. A proposta da marca paranaense é aproveitar o frescor e sabor garantidos pela combinação entre água gaseificada e lúpulos, aliados aos benefícios que consumo destes ingredientes confere à saúde. A planta utilizada também na produção cervejeira contém diversos compostos saudáveis, tem ação antioxidante, antisséptica e calmante. Além disso, a H₂OP é "inclusiva": é feita para todos os consumidores pois não há contra indicações, não tem calorias, não é uma bebida alcoólica, não contém açúcar, alergênicos, lactose ou glúten.
Rodrigo Frigo, sócio e cervejeiro da Araucária, destaca:
“Graças à cervejaria, temos acesso constante às matérias-primas, como os lúpulos. Como piloto das panelas, adoro criar e inovar, apostar em tendências. Num dia simples da rotina da fábrica, tive a ideia de fazer uma água com lúpulo e gaseificá-la. Realizei alguns testes, oferecemos o líquido num dos nossos eventos, só pra brincar, e as pessoas adoraram o sabor, o frescor e principalmente o conceito. Despertou-se a curiosidade e vimos aí uma oportunidade.”
Envasada em lata de alumínio de 350 ml, a H₂OP recebe infusão de lúpulos de aroma, em sua maioria de variedades americanas. O resultado é uma água refrescante, com aroma cítrico que remete a frutas tropicais, com sutil sabor de limão e sem amargor.
O nome surge de uma brincadeira que une o símbolo químico da água H₂O com Hop - palavra que significa lúpulo em inglês. Já a linguagem visual que estampa o recipiente, abusa do branco e verde e traduz com clareza a proposta do novo projeto.
Andressa Frigo, sócia e gerente de marca da cervejaria Araucária, ressalta:
“Nossa identidade visual é colorida, alegre, valorizamos e damos total preferência a artistas independentes e trabalhos handmade.”
Nos próximos meses, a distribuição será ampliada de Maringá, Curitiba e São Paulo para alcançar outras regiões do país.
O lúpulo
A trepadeira de nome científico Humulus Lupulus pode alcançar até oito metros de altura e é uma planta típica de países frios. É mundialmente utilizado principalmente na cerveja, para a qual são usadas apenas as flores das plantas fêmeas. De formato cônico, elas produzem a lupulina, pó resinoso e brilhante que reúne óleos essenciais e substâncias de amargor.
Mas o lúpulo também tem vários benefícios para a saúde, sendo usado algumas vezes até pela indústria farmacêutica.
Sabe-se que a planta era usada de maneira generalizada pelos romanos e há vários documentos que registram a utilização do lúpulo como planta calmante, para tratar os problemas do sono – travesseiros recheados com lúpulos eram umas das alternativas usadas para tratar quem sofria de insônia.
Mais tarde, alguns estudos comprovaram que a planta traz mais de 20 compostos com características sedativas, o uso medicinal do lúpulo primeiramente foi focado no tratamento dos “problemas dos nervos”. Uma das maneiras se beneficiar de algumas das suas propriedades são as infusões feitas a partir da flor do lúpulo seca, que também podem ser usadas para tratar ansiedade. Espasmos musculares, rigidez muscular, palpitações e aumento da frequência cardíaca, na maior parte das vezes, tem origem neural e o chá de lúpulo pode ajudar a superar esses problemas quando elas estão relacionadas a questões psicológicas.
Problemas de pele, como eczemas ou dermatites, ou mesmo as dores da artrite, por exemplo, podem ser cuidados com compressas feitas com panos umedecidos por tintura de lúpulo dissolvida em água.
O lúpulo também tem propriedades antioxidantes, semelhante ao da uva no vinho. Seus polifenóis garantes grande parte das propriedades benéficas do consumo moderado da cerveja.
O uso do lúpulo vem sendo apontado em pesquisas até como uma substância anticancerígena. Supostamente, a planta tem propriedades que inibem o crescimento destas células, especialmente no caso do câncer de mama. Mas as pesquisas ainda estão em andamento.