Clima quente ameaça produção de lúpulo
/Seca nos EUA e onda de calor na Europa Central ameaçam colheitas de lúpulo
Em julho, o Vale do Yakima em Washington - o maior produtor de lúpulo “de aroma” no mundo - tem padecido de temperaturas superiores a 37°C. Com o calor e a falta de água, as plantas estão começando a mostrar sinais de estresse, que podem afetar negativamente a qualidade da safra e o seu tamanho. As informações são do portal The Drinks Business (para ler o original, em inglês, clique aqui).
Paul Corbett, gestor da empresa internacional de comércio de lúpulo Charles Faram, declarou ao portal que, se o calor não diminuir, ou pelo menos amenizar antes da colheita deste ano, em agosto, o lúpulo murchará e apresentará queimaduras solares.
“[O clima quente] afeta a qualidade e, no calor excessivo, elas não vão produzir mais [lúpulo]. O quão ruim vai ser até chegarmos a colheita, nós realmente não sabemos", disse Corbett.
Ele falou ainda que a colheita no Reino Unido está indo bem, mas uma onda de calor em outros países grandes produtores de lúpulo como a Alemanha, a Eslovênia e a República Checa pode trazer problemas semelhantes.
A outra consequência das plantas que sofreram estresse térmico é o efeito transitar para o ano seguinte, com o potencial de alterar gravemente os níveis de colheita.
"Os preços já são bastante elevados por causa da demanda da indústria de cerveja artesanal. Somada a escassez, só pode significar uma coisa: preços mais elevados", observou Corbett.