Opções de autosserviço, customizações e até versão 'verde' são atrações nos estandes

Uma percorrida da Beer Art pela Feira Brasileira da Cerveja, aberta em Blumenau (SC) na tarde desta quarta-feira, 8, demonstra o quanto o mercado dos equipamentos de chope gelado está em alta temperatura. Evoluções no autosserviço, customizações de chopeiras e até versão "verde" são atrações nos estandes de fornecedores em competição nesse segmento.

Na era da inteligência artificial, a disputa das automações está intensa. Na feira, a InTap, de Vitória (ES), aposta na divulgação do autosserviço com pagamento por Pix. "Sem ter de fazer cadastro", ressalta Vitor Romero Moulin Teixeira, o CEO da empresa, um "spin-off" da MeuChope. A tecnologia é aplicável, por exemplo, em um carrinho como aqueles que percorrem as praias. Para promover essa facilidade, a empresa montou na feira uma promoção em que a pessoa pode comprar chope da Heineken por apenas um Pix de R$ 1. Também chama a atenção no estande a demonstração de uma "loja 100% autônoma", em que o cartão libera desde a abertura da porta até a torneira do chope.

A MyTapp, empresa de Florianópolis há sete anos em atividade, expõe uma tecnologia que recentemente cruzou o Atlântico e foi instalada no estádio do Benfica, em Portugal, depois de ter estreado no Mondial de La Bière, no Rio de Janeiro. É o MyTapp Fast, um sistema de torneiras automatizadas de instalação prática e com operação à base da leiturade um cartão que pode facilitar a organização de eventos ao reduzir gargalos de mão de obra e logística. A empresa, incluindo outras soluções, está hoje em 350 locais, em quase todos os Estados do Brasil e no exterior, além de Portugal, Argentina, Chile e Bolívia, conta o executivo de vendas Patrick Nienov.

A Beerpass, também de Florianópolis (SC), com cinco anos de atividade, busca fortalecer a presença do seu autosserviço de chope por meio do engajamento das cervejarias. A partir de dados obtidos com o sistema, ela consegue montar o perfil do consumidor médio de chope, uma informação que pode aprimorar as estratégias das cervejarias.

A Kneubier, de Jaraguá do Sul (SC), adota um sistema de autosserviço em parceria com a startup Degas, que funciona com uso de um aplicativo baixado no celular. A Kneubier também levou à feira a Pressluftz, uma chopeira que elimina o cilindro de CO2. Em lugar dele, para a pressão, usa um compressor de ar interno.

A Chopeiras Ruver, de Chapecó (SC), conforme o proprietário, Mateus Ruwer, tem trabalhado bastante a personalização, e que se reflete também nos produtos fornecidos em parceria com organizações como a da ACervA Catarinense - a associação que reúne os cervejeiros caseiros no Estado.

A personalização também é uma característica da Chopeiras Bauer, de Esteio (RS), que tem expostas, por exemplo, chopeiras com as símbolos dos dois principais times do seu Estado, o Grêmio e o Inter.

A Memo, de Ribeirão Preto (SP), a maior e mais antiga fornecedora de chopeira entre elas, além de oferecer na feira a diversidade de um catálogo de dezenas de variações de produto (em tecnologia e em formato, incluindo o de guitarra ou de motocicleta), procura atender às crescentes preocupações ambientais. Está lançando no evento a Hug, uma "linha verde". Ao utilizar o gás refrigerado R290, e não o R134, o mais comum, reduz as emissões de gases de efeito estufa. Além disos, segundo a empresa, tem mais eficiência térmica, o que também ajuda o meio ambiente.