Cresce consumo de cerveja 0% álcool no Brasil

Venda tem projeção de alta de 24%, e o volume pode alcançar 480 milhões de litros em 2023

Tendência em favor da zero álcool é apontada por pesquisa da Euromonitor International (Foto: Freepik/Divulgação)

O mercado de bebidas no Brasil vem passando, nos últimos anos, por uma significativa mudança de comportamento dos consumidores. Uma das tendências mais marcantes é o crescente aumento no consumo de cervejas sem álcool, também conhecidas como "cervejas 0% álcool". A venda de cerveja zero álcool deve ter alta de 24% no Brasil. A categoria poderá chegar ao volume de 480 milhões de litros em 2023, segundo dados da Euromonitor International, a pedido do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv).

De acordo com dados da Euromonitor International, a pedido do Sindicerv, o consumo da bebida sem álcool caiu no gosto dos brasileiros e o consumo cresceu 37% em 2022, superando a marca de 390 milhões de litros. No mundo, as vendas superaram o volume de 6,5 bilhões de litros no último ano e, para 2023, a projeção de crescimento é de 5,7%.

É inegável que o cenário mudou nos últimos anos. Antes, a procura por cervejas sem álcool era muito menor, mas agora observamos uma procura crescente. Os clientes têm se mostrado mais interessados em opções menos calóricas e que não comprometam sua rotina diária, permitindo que desfrutem de um momento de lazer sem abrir mão da responsabilidade.
— Paulo Castro, proprietário do Living HNK Brasília

Além da preocupação com a saúde, outros fatores têm contribuído para esse crescimento no consumo de cervejas sem álcool. Um deles é a ampliação da oferta e variedade de marcas e sabores no mercado nacional. Grandes cervejarias e também cervejarias artesanais têm investido na produção de cervejas 0% álcool, atendendo a diferentes paladares e preferências dos consumidores.

"A tendência é de que o consumo de cervejas sem álcool continue em ascensão nos próximos anos. A indústria cervejeira brasileira tem se mostrado receptiva a essa mudança de hábitos, investindo cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos para atender às demandas dos consumidores", acrescenta Paulo.