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Os recursos mais poderosos na criação de uma linha de cervejas

As palavras são um elemento complementar para uma ideia visualmente bem concebida

O design dos rótulos é da Agência Alvo, de Bento Ferreira (Foto: Divulgação)

BENTO FERREIRA

Uma linha de cerveja com um bom design atinge um amplo segmento de público-alvo, preservando, ao mesmo tempo, as características da marca. A linha de produtos é ampliada através da variação do tema da marca, permanecendo fiel aos pontos comuns dos principais atributos da marca.
Reforçando o que já havíamos mencionado em outros posts, os recursos utilizados na ampliação de uma linha de produtos incluem:

Cor: primeiro elemento de design observado pelos consumidores. A cor causa os maiores impactos. A variação de cores deve ser reservada apenas para os mais altos graus de diferenciação. (Leia mais aqui)

Forma: poderoso identificador de marca. A forma do rótulo não deve variar drasticamente.

Elementos gráficos: logotipos e ilustrações gravam a marca na mente do público. Variações mínimas podem ocorrer aqui, desde que mantida uma uniformidade.

Números: fornecem uma maneira efetiva para diferenciar a marca. Por exemplo, muitas marcas de automóveis ampliam suas linhas de produtos utilizando uma série de números como 200, 300 e 400.

Palavras: recurso de comunicação menos poderoso.

As palavras são a última coisa que os consumidores olham para compreender uma marca. O designer não deve apostar apenas nas palavras para delinear uma linha de produtos de uma marca.

Pense muito nisso, o design é para o Cliente, e não para Si Próprio.
Idealmente, um modelo de rótulo contribui para uma interação positiva entre um produto e seu consumidor. Para facilitar essa interação, o designer bem-sucedido de rótulos deve entender a personalidade do público-alvo, seus valores, atitudes, interesses e estilos de vida – em outras palavras, o perfil psicográfico. Este ajuda o designer a visualizar e sentir empatia pelos consumidores para os quais está projetando, de forma que possa criar uma conexão emocional entre o produto e o comprador.

O designer deve também entender os dados demográficos de seu público-alvo, que fornecem informações sobre a etnia, idade, renda, deficiências, mobilidade, nível educacional, seus imóveis, situação profissional e mesmo a localização geográfica. As informações demográficas orientam as decisões do designer sobre o tamanho da embalagem, custo, funcionalidade, informações e preceitos criativos.

O bom rótulo começa no bom briefing

Para criarmos um bom rótulo dependemos muito das informações enviadas pelo cliente, isso se chama briefing. O briefing ajuda o publicitário a entender os requerimentos de marketing e de vendas de seu cliente, bem como a gerenciar seu relacionamento. O briefing do cliente deve abranger os aspectos relativos à cervejaria, fabricação e percepção pelo público. Ele deve definir padrões e fatores do público que ditam um tratamento ou direcionamento específico do design. Deve explicar como será feito o desenvolvimento do rótulo nos processos de fabricação, armazenagem, distribuição e disposição nas prateleiras da forma mais rentável.

Finalmente, o briefing de design deve mostrar como a rótulo ressaltará as características mais vendáveis do produto e como atrairá os consumidores mais convincentemente.