Na Copa, Curitiba será nome de cerveja na Inglaterra
Fruto de uma parceria entre a cervejaria Bodebrown e a britânica Adnams Brewery, um chope com nome e essência curitibanos, o “Curitiba Pale Ale”, será vendido durante a Copa do Mundo por 900 pubs espalhados pela Inglaterra. A bebida homenageia um dos principais polos de crescimento da cerveja artesanal no Brasil, cidade da Bodebrown. O cervejeiro e fundador da empresa, Samuel Cavalcanti, e o seu irmão e sócio Paulo Cavalcanti, embarcarão no dia 18 de maio para Southwold, na costa norte inglesa, para fabricar 160 mil litros da bebida.
Toda a produção será destinada à rede de casas do grupo JD Wetherspoon, com pontos de venda em Aeroportos como o de Heathrow, estações de trem e centenas de estabelecimentos de rua.
A cerveja colaborativa nasceu a partir da vontade da AdnamsBrewery em ter uma cerveja brasileira, por inspiração da Copa. A Bodebrown foi escolhida pelo currículo de prêmios, obtidos em concursos internacionais por países como Canadá, França, Argentina e Austrália (ver ranking montado pela BeerArt, neste link). Pernambucano radicado na capital paranaense há 20 anos, Samuel Cavalcanti explica:
“É uma tradição no segmento cervejeiro fazer estas parcerias, nas quais uma fábrica convida outra. Já fizemos mais de quatro aqui em Curitiba na fábrica da Bode, com convidados internacionais. Um deles foi o Greg Koch, da norte-americana Stone Brewing, que esteve conosco no ano passado. Ao conhecer nossas cervejas virou um grande embaixador da nossa marca e da revolução das cervejas artesanais curitibanas. Foi ele quem nos indicou para a AdnamsBrewery”.
Com história centenária, a parceira britânica tem como mestre-cervejeiro Fergus Fitzgerald, também conhecido pela atuação na Fuller´s, outra marca badalada internacionalmente.
A CURITIBA PALE ALE
O estilo de cerveja que será fabricado na Inglaterra é o Pale Ale. “É um clássico da cervejaria inglesa", acrescenta Samuel. "Mas vamos acrescentar em nossa receita toques de pimenta rosa, para trazer uma essência mais quente da América Latina. Utilizaremos ainda um blend de lúpulos norte-americanos e ingleses.” Os britânicos pediram que a produção seja no método mais tradicional do Reino Unido, o “real ale” ou “cask ale”, no qual a cerveja não é filtrada nem pasteurizada, sofrendo uma segunda fermentação depois de levada ao barril e só conta com gás carbônico natural.
Uma pequena amostra da cerveja poderá ser consumida no Brasil, com venda direta na fábrica da Bodebrown. “Vamos importar pelo menos 10 barris. Mas a ideia mais para frente é refazer a receita por aqui também”, conclui Samuel.