Uma das finalidades é a descontaminação de 100% das bactérias e dos fungos na etapa de envase

Na fabricação de vinho e de cerveja, são realizados diversos processos, entre eles o engarrafamento, que compreende o enxágue, o enchimento e a rolhagem (no caso do vinho) e garante a conservação das características sensoriais por um período relativamente longo. Essa etapa requer máxima atenção, pois é preciso fazer a desinfecção de microrganismos e evitar a contaminação cruzada. Para isso, uma nova tecnologia usa o ozônio como alternativa aos desinfetantes tradicionais.

No Brasil, o agente químico sanitizante mais comum é o ácido peracético. Esse componente serve para sanitizar superfícies, como o interior de garrafas antes de ter o produto envasado. Fora do Brasil, principalmente, a tecnologia de ozônio já vem sendo empregada por diversas cervejarias na sanitização de garrafas, tubulações, tanques e nos processos de CIP (Cleaning-In-Place).

A solução com ozônio pode ser usada também para elevar o grau de purificação da água utilizada para produzir a cerveja, diz Bruno Mena, PhD em Química e CEO da Wier - empresa que opera com ozônio e plasma frio -, afirma: "além do fator sustentabilidade, com a solução desenvolvida nós conseguimos possibilitar um grau de purificação extremamente elevado e isso sem deixar residual, ao contrário do cloro que deixa residual e que requer uma etapa de descoloração depois. Com o ozônio você faz isso de uma vez só".

A Wier é uma empresa nascida em Florianópolis, dentro de um laboratório de química da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). As principais vantagens do uso do ozônio no processo de envase, conforme a empresa:

• 1- É produzido in loco, sem custo adicional de reposição, logística e estocagem;
• 2- Não deixa gostos e odores que estragam as bebidas;
• 3- Não deixa resíduos que precisam ser tratados ao fim do dia.
• 4- Redução no tempo utilizado para sanitização proporcionando economia de energia e mão de obra.
• 5- Ação sanitizante superior em relação ao ácido peracético devido ao seu maior poder oxidante.
• 6- Tecnologia sustentável em consonância com a economia circular. 7- Mais seguro em relação ao ácido peracético (ácido peracético riscos).