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Cerveza Patagonia leva às montanhas experimento antiestresse

Proposta é uma reflexão sobre conciliar a rotina em meio à natureza e ver o mundo sobre outras perspectivas

O contato com a natureza levou o engenheiro eletricista Roberto Franceschini a redescobertas (Foto: Divulgação)

A ansiedade se tornou uma constante nos dias de hoje, em que milhares de pessoas vêm buscando maneiras de como combater os efeitos dessa pressão em sua rotina, especialmente amplificada durante os tempos de pandemia. Experimentar os benefícios de passar um período vivendo em regiões montanhosas como forma de combater o estresse é a proposta do “Experimento da Montanha”, idealizado pela Cerveza Patagonia, cervejaria argentina entusiasta desse movimento de reconexão com a natureza das montanhas, lançado neste 23 de setembro, Dia Mundial de Combate ao Estresse. Com participação da filósofa Viviane Mosé, “Experimento da Montanha” convidou três pessoas com altos níveis de ansiedade para equilibrar as tarefas diárias com períodos em contato com a montanha.

“Estamos todos exaustos”, afirma Viviane de forma categórica. “A cidade é cheia de gente, para conviver você precisa se adaptar e acaba sendo menor do que poderia ser”.

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O Brasil apresenta atualmente a maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo, conforme estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) do último ano: 23,9% dos brasileiros possuem algum tipo de transtorno de ansiedade, e 5,8% são afetados por depressão. Em pesquisas do próprio Ministério da Saúde, que reuniram informações sobre a saúde mental dos brasileiros durante a pandemia no ano passado, foi verificada uma elevada proporção de ansiedade, atingindo 86,5% dos entrevistados. A poetisa e psicanalista reforça durante o vídeo a necessidade de descobrir novas trilhas e novos horizontes para questionarmos a própria correria, viver coisas mais imediatas e ganharmos força.

O Experimento da Montanha entrevistou 20 pessoas com elevados níveis de estresse e ansiedade e selecionou três participantes para passarem uma semana hospedados em cabanas em Cambará do Sul, região montanhosa gaúcha. Todos foram acompanhados pela psicóloga e psicanalista Lia Luz antes, durante e depois do experimento, para mapear os pontos sensíveis e motivos de irritabilidade, a fim de verificar a melhora no bem-estar. O propósito foi estimular os participantes a seguir com suas rotinas diárias em meio às montanhas, para constatar os aspectos terapêuticos proporcionados por estar nesse ambiente, sentindo o ar das alturas e apreciando a vida silvestre, em contraste com a vida nos grandes centros urbanos.

A gaúcha Roberta Abrantes, empresária de moda, sentiu um forte baque nas vendas de sua marca de roupas, e equilibrar toda a operação sozinha acabou a afastando de viver a vida fora do trabalho. Muito comunicativa, sofreu o efeito da pandemia através do estresse e isolamento. Durante a estadia nas montanhas, ela pode meditar e organizar melhor seus compromissos, ficando mais atenta ao que acontece à sua volta. Estar sozinha nesse ambiente por vontade própria fez com que Roberta sentisse que agora tornou-se uma boa companhia para si mesma, ficando mais tranquila e menos impulsiva.

Já a advogada e sanitarista Fernanda Weinzmann, que nunca gostou de ficar parada, sente na pele os efeitos da impulsividade e irritabilidade desde que começou a trabalhar em home office. Sempre preocupada em perder qualquer mensagem, costuma checar e-mails e aplicativos de conversa a todo instante. O efeito benéfico do experimento trouxe de volta noites de um sono bem dormido, que antes pareciam impossíveis. Agora ela sente a importância do contato da natureza em seu próprio bem-estar, comentando que foi sua primeira oportunidade de viver essa experiência nas montanhas. Agora ela sente que consegue deixar tudo fluir naturalmente, sem a ansiedade de depender de ninguém, equilibrando vida profissional e voluntariado.

O engenheiro eletricista Roberto Franceschini afirma que, durante a pandemia, apresentou uma irritabilidade aumentada e impaciência constante. Acostumado ao trabalho presencial, precisou se adequar à rotina de home office, em meio a uma mudança de residência com sua família, que também contou com o barulho de obras e reparos. O contato com a natureza e a calma das montanhas proporcionou a ele se reconectar com antigos hobbies que não praticava há anos, como escrita e desenho, além de descobrir um lado mais espontâneo, gravando vários vídeos de si mesmo durante a estadia nas montanhas para guardar na memória. Roberto afirma estar com grandes expectativas após essa transformação e com vontade de reviver a experiência em breve.

Cervejaria das cordilheiras argentinas

Esse experimento faz parte das diversas ações da cervejaria que tem como seu próprio local de origem as cordilheiras argentinas.

“Queremos fazer um convite, neste momento em que estamos todos pressionados é importante mudarmos nossa rotina e vermos tudo de cima. Explorar a montanha é cansar o corpo e descansar a mente, isso sim é transformador”, comenta Daniel Silber, head de marketing da Cerveza Patagonia no Brasil.