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Campeonato Brasileiro de Barista tem novo campeão

World Coffee Events altera resultado de competição da Semana Internacional do Café 2019

Agora, quem representará o Brasil nos Mundiais de 2020 será o barista Boram Um, da Um Coffee Co., de São Paulo/SP (Foto: Divulgação)

A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) divulgou nota do World Coffee Events (WCE) na quinta-feira (28) sobre a mudança dos resultados do Campeonato Brasileiro de Barista, realizado durante a Semana Internacional do Café (SIC) 2019, em Belo Horizonte (MG).

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Agora, quem representará o Brasil nos Mundiais de 2020 será o barista Boram Um, da Um Coffee Co., de São Paulo (SP). No pódio ele é seguido por Leo Moço, do Moço Bento Holding, de Curitiba (PR), e Vitor Haubert, do The Coffee, também de Curitiba (PR).

“A principio foi uma baita experiência, já que este foi o meu primeiro Campeonato de Barista. Treinei bastante. Foram quatro meses de preparo para o campeonato e acho que o resultado tinha refletido bem com relação ao treino, e estava bem feliz com a minha apresentação e com o meu café. Já tinha aceitado minha colocação e estava pensando no campeonato do ano que vem. Então veio a notícia nesta semana e será uma honra enorme poder representar o Brasil no Mundial”, afirma Boram.

Durante a SIC, ele usou um café experimental de fermentação da própria fazenda.

“Toda a minha apresentação se baseou em como fermentar o café de forma controlada e responsável. Para o Mundial, provavelmente não será o mesmo café, por uma questão de timing. Seria desvantagem ir com um café que já está ficando ‘velho’. Por isso, vamos buscar um café agora, mas manter o tópico fermentação para a apresentação, pois acredito ser um caminho de inovação para o País”, disse.

Mudança no pódio - A decisão foi tomada após um grande número de competidores relatarem ao WCE, organizador da competição, que Leo Moço, até então campeão do Campeonato Brasileiro de Barista, havia infringido a regra de proibição de substâncias alcoólicas no drinque de assinatura.

De acordo com comunicado divulgado pela entidade, o Comitê Estratégico de Competições (CSC) e o Judge Operations Leads (JOL), instâncias de análise e decisão do WCE, foram consultados para examinar o caso de maneira abrangente.

“Nesse ponto, CSC, JOL e WCE determinaram que ocorreu um erro de pontuação importante com relação à regra 3.3.G do Campeonato de Barismo, a qual prevê que quaisquer ingredientes podem ser usados na preparação das bebidas exclusivas, exceto álcool, extratos ou subprodutos do álcool ou substâncias controladas ou ilegais”, relata o comunicado.

Segundo Leo Moço, as regras não foram infringidas em sua apresentação.

“Não usei álcool, usei um gelo seco para extrair a fumaça, que é puro CO2, com os aromas, com os voláteis do whisky. Não tinha nada de álcool, não tinha etanol presente. Inclusive mandei para eles [WCE] um vídeo de 2004 do Tim Wendelboe, em que ele usou sua criatividade para usar um vinho marsala [...]. Ele pegou esse vinho e fez uma redução, tirou o álcool e usou como ingrediente no campeonato, e foi campeão mundial”, disse Moço, em vídeo postado no Instagram.

Com a nova decisão do WCE, que relata que o álcool não é permitido em nenhuma etapa da preparação, Leo Moço zera todas as categorias disponíveis nas fichas sensoriais na categoria de bebidas de assinatura, ficando em 2º lugar na competição. Na ocasião, o head judge presente na competição foi o mexicano José Cleofas.