Cervejas sem glúten ganham loja virtual
Ao descobrir ser celíaco, jovem decide criar a No Freaking Gluten Beer
Apreciador de cervejas artesanais, Christiano Ambros sofreu um dissabor no fim de 2014, aos 27 anos: descobriu que era celíaco. Assim como mais de 2 milhões de outros brasileiros, esse jovem de Porto Alegre tinha intolerância a glúten. Ainda assim, o diagnóstico, em vez de abatê-lo, ativou seu espírito empreendedor. Christiano montou um e-commerce especializado em cervejas sem glúten e orgânicas, a No Freaking Gluten Beer, lançada neste mês de agosto.
Após o baque inicial, Christiano começou a pesquisar as opções disponíveis para continuar a beber uma boa cerveja. Deparou com uma dificuldade e uma oportunidade: além de poucos supermercados e lojas especializadas que oferecem algum tipo de cerveja sem glúten, a procura nas lojas virtuais era dificultada por escassez de seções dedicadas ao tema.
"Apesar de existirem algumas alternativas no mercado brasileiro, ainda são muito poucas para os apaixonados por cerveja que gostam de experimentar e degustar algo novo", afirma.
O público-alvo não é apenas o celíaco, e sim qualquer pessoa que siga uma dieta sem glúten, um contingente cada vez maior em busca de uma alimentação mais saudável e sem a sensação de inchaço. Além de receber pedidos via loja virtual, a No Freaking Gluten Beer funciona como distribuidora para lojas especializadas, restaurantes e pubs. O portfólio combina opções nacionais e importadas.
"A No Freaking Gluten Beer foi criada com a intenção de facilitar a vida daqueles que querem abdicar do glúten sem abrir mão de uma boa cerveja", ressalta Christiano Ambros. “Queremos ser a comunidade dos apreciadores de cerveja que buscam evitar o glúten, unindo todos, trocando ideias, informações e experiências degustativas."
Christiano observa que existem dois tipos principais de cerveja nesse segmento:
- Cervejas sem glúten: feitas com grãos alternativos à cevada e ao trigo comum (trigo mourisco, sorgo, painço, quinoa, arroz etc)
- Cervejas com glúten reduzido: feitas a partir de grãos que contêm glúten, como cevada ou trigo, mas cujo produto final contém uma concentração abaixo de 20 ppm (partículas por milhão), obtida por meio de um processo químico enzimático. "São consideradas seguras para os intolerantes e os sensíveis ao glúten", explica.