Como votaram os deputados sobre benefício a microcervejarias
Confira no link abaixo como votaram os deputados sobre a emenda que incluía microcervejarias entre as beneficiadas pelo Supersimples, modalidade que reduz o peso dos impostos.
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COMO FOI A SESSÃO
Impasse sobre benefício a bebidas alcoólicas adia votação de mudanças no Supersimples
Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
Depois de duas derrotas de emendas que buscavam incluir no Supersimples produtores de bebidas alcoólicas como vinho, aguardente, licor e cerveja, partidos favoráveis à medida entraram em obstrução e adiaram a votação dos demais destaques ao projeto que revisa o regime simplificado de tributação de micro e pequenas empresas (PLP 221/12). Esses partidos querem ganhar tempo para angariar mais apoio ou negociar o tema com o governo.
As duas emendas tiveram maioria dos votos, mas não alcançaram o mínimo de 257 para serem aprovadas em Plenário. A primeira teve 201 votos favoráveis, contra 131 contrários, e beneficiaria microcervejarias e empresas fabricantes de vinhos e espumantes, licores e aguardentes de vinho e de cana. Já a segunda, voltada apenas a empresas fabricantes de vinhos e espumantes, licores e aguardentes, teve 212 votos favoráveis, contra 131 contrários.
O próximo destaque a ser votado, apresentado pelo DEM, também inclui fabricantes de bebidas no Supersimples.
Na sessão desta terça-feira (13), o DEM, o PSDB e o PTB pediram que a votação nominal durasse mais tempo, para aumentar as chances do número de votos “sim” atingir os 257. Por isso, esses três partidos iniciaram o movimento de obstrução, logo seguido pelas demais legendas.
Posição do governo
PT e governo declararam voto contrário à isenção para bebidas alcoólicas, mas tiveram votos favoráveis dentro da bancada. O deputado Sibá Machado (PT-AC), vice-líder do partido, usou o argumento de que dar incentivo fiscal para bebida pode piorar o problema social do álcool: "Temos um grande problema no Sistema Único de Saúde com o consumo de álcool no País".
O líder do governo em exercício, deputado Henrique Fontana (PT-RS), ressaltou que o Planalto já negociou à exaustão o texto base do projeto, aprovado na semana passada, mas pediu que os setores não contemplados continuassem discutindo mudanças futuras. Ele disse que, após a entrada em vigor das novas regras do Supersimples, o governo poderá avaliar o impacto na arrecadação tributária e promover novas mudanças.
Os defensores da isenção para bebidas alcoólicas, no entanto, ressaltaram que o texto aprovado na comissão especial já tinha o benefício. O líder do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS), disse que não poderia haver discriminação no Supersimples. "Se [a empresa] estiver enquadrada na faixa de faturamento do Simples, tem de ser incluída", disse.
Já o líder da minoria, deputado Domingos Sávio (MG), disse que algumas empresas pequenas do seu estado estão na informalidade e outras não têm condições de competir com os grandes conglomerados de bebidas.